Alimentação hipoproteica

Dieta de baixo teor proteico

Nas DHMP é essencial seguir uma dieta de baixo teor proteico.

Os pais têm um papel essencial na gestão da dieta da criança, se bem que é aconselhável envolver a criança o quanto antes, pois desta forma iremos motivá-la a aprender a gerir a dieta e a ser autónoma quando crescer.

Pontos a considerar

Os alimentos como a carne, o peixe, os ovos, o queijo, as leguminosas e os frutos secos contêm alto teor de proteína e portanto de aminoácidos. Estes alimentos devem ser evitados/restringidos para que os valores do aminoácido tóxico se mantenham dentro do adequado para o paciente.

O aporte de aminoácidos em falta é realizado através de substitutos proteicos especiais para a patologia que não contêm o aminoácido que não se consegue metabolizar.

Evitar o consumo de alimentos de alto teor proteico sem seguir o resto das indicações da dieta pode ser perigoso.

A pesar de serem similares, a dieta para as DHMP não é igual a uma dieta vegetariana. Os vegetarianos evitam os produtos de origem animal, mas obtêm proteínas dos frutos secos e leguminosas.

Os alimentos sem proteína devem ser a base da dieta.

Alimentos como os vegetais, as frutas contêm naturalmente baixo teor de proteína; estes podem consumir-se em quantidades normais, mas sem excesso.

Os alimentos de baixo teor proteico produzidos especialmente para as DHMP, estão disponíveis através do Instituto de Genética Médica.

O pediatra ou o nutricionista irão informá-lo sobre os alimentos disponíveis (pão, ovo, leite, bolachas, massa, etc.) e irão indicar-lhe que quantidades o seu filho deve ingerir.

Os alimentos de baixo teor proteico oferecem variedade à dieta, ajudando a bom controlo dos níveis.

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Os substitutos proteicos estão formulados para:

Substituir o aporte de proteínas e outros nutrientes que deveriam provenir de alimentos como a carne, o peixe, os ovos, os lacticínios e as leguminosas.

Também fornece todos os aminoácidos necessários para um completo desenvolvimento adequado, à excepção daqueles que a criança não pode ingerir.

Estes substitutos devem tomar-se com a refeição ou imediatamente a seguir, pois torna a absorção mais eficaz.

Quanto mais se distribuir as tomas de substituto proteico ao longo do dia, melhor será o controlo dos níveis. Normalmente define-se uma frequência de 3 a 4 tomas por dia.

Para evitar a monotonia, o mercado oferece uma grande variedade de substitutos proteicos, com várias texturas, apresentações e sabores que ajudam a um melhor cumprimento do tratamento.


O que dizer à criança?

É importante começar a entender a dieta e o tratamento desde cedo. Quando falar com a criança sobre a doença, pode utilizar exemplos simples e temáticos.

Por exemplo, quando lhe explicar porque é importante seguir a dieta, pode ajudar dar como exemplo a dieta de pessoas que têm alergia a certos alimentos. O seu profissional de saúde pode indicar-lhe livros que poderá ler à criança para que ela entenda as dietas especiais.

Deve ensinar-lhe a perguntar antes de comer alimentos novos e a aprender a dizer não. Não há problema nenhum em não aceitar alimentos proibidos ou desconhecidos.

Uma criança não entende porque é que tem esta doença enquanto os outros não a têm e pode chegar a pensar que fez algo de mal para merece-la. É importante explicar-lhe que cada pessoa nasce com diferentes qualidades, como a cor do cabelo e dos olhos, e que a doença é algo com que se nasce (é genético) e não algo ocasionado por uma pessoa. Transmita-lhe que é especial e que a dieta é para que se mantenha saudável.

Manter-se positivo

É muito importante enviar as mensagens adequadas sobre os alimentos e o tratamento. É melhor falar dos alimentos proibidos como “muita fenilalanina” “vermelho” “stop” em vez de alimentos “maus”. Ajuda a criança a aceitar e gerir a doença à medida que esta vai crescendo. Nunca diga nada negativo sobre a comida e os substitutos proteicos, já que graças a esta maneira especial de se alimentar manter-se-á saudável.

Perguntas Frequentes

Existem algumas formas de envolver a criança na dieta.

  • Incluir a criança na preparação da comida desde a infância.
  • Permita que ela pese os seus alimentos e explique-lhe o que está a fazer e porque é necessário faze-lo. Pode começar por algo simples como misturar a fórmula até identificar que alimentos pode incluir numa refeição.
  • À medida que a criança começar a aprender a contar as partes, pode ajudá-lo no registo da ingestão do aminoácido. Pode transformá-lo num jogo tipo diário alimentar ou fazer um jogo de memória com o que comeu.

Fale dos substitutos proteicos como algo especial, como uma “bebida energética especifica para ele” que o ajudará a crescer “forte e saudável”.

Pode ajudar dar um nome ao substituto proteico, como “leite especial”, por exemplo.

Recorde-o da importância de seguir a dieta (substituto proteico + dieta de baixo teor proteico) e das consequências de saltar as tomas, festejando os sucessos atingidos. Caso a toma do substituto seja um problema fale com o médico ou nutricionista para que o ajudem com estratégias que tornem mais fácil a toma.

Sim, é necessário seguir a dieta de baixo teor proteico para toda a vida, o que inclui o substituto proteico, se bem que as quantidades poderão variar.

Se a criança seguir a dieta de baixo teor proteico e não tomar o substituto proteico, ficará desnutrida devido a carência de proteínas/aminoácidos. O substituto proteico fornece a maioria dos aminoácidos que o organismo necessita, além de vitaminas e minerais.

Através do contacto com outras famílias, com a associação de pacientes – APOFEN e no nosso email: mundometabolico.pt@nutricia.com

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