Feridas crónicas são feridas cujo processo de cicatrização é lento, não se verificando progressos significativos no processo de cicatrização durante 30 dias. Úlcera por pressão, úlcera de perna e pé diabético são alguns exemplos de feridas crónicas.1-3
A malnutrição e o desenvolvimento de feridas crónicas são condições que estão frequentemente associadas. Uma ingestão alimentar inadequada aumenta o risco de desenvolvimento de feridas, com um grande potencial para evoluírem para feridas crónicas, uma vez que a função imune, a síntese de colagénio e a resistência da ferida à tensão encontram-se alteradas. Este risco é particularmente elevado na população mais envelhecida.17,42
A nutrição desempenha assim um papel importante no processo de gestão nutricional de feridas crónicas, sendo importante garantir um aporte adequado de energia e proteica, bem como de nutrientes específicos, que são importantes para o processo de cicatrização, tais como a arginina, vitaminas A, C e E, zinco, ferro e selénio.6
Atingir as necessidades nutricionais através da ingestão alimentar habitual pode ser um desafio, uma vez que estas se encontram aumentadas. O recurso a suplementação específica hiperproteica e hipercalórica, especialmente formulada com arginina, vitaminas A, C e E, zinco, ferro e selénio, contribui para a gestão nutricional das feridas crónicas. A mesma deve ser tomada sob supervisão de um profissional de saúde.
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